Photo by Jessica Tan on Unsplash |
A paisagem era de uma beleza extrema, a luz do sol criava um efeito especialmente bonito naquele jardim impecavelmente cuidado, a temperatura era amena com uma leve e agradável brisa.
Um ambiente mágico.
Encheu o peito de ar, estava revigorado e não se lembrava de se sentir assim tão bem há muito, muito tempo! Satisfeito iniciou um passeio exploratório, quando lhe ocorreram duas questões preocupantes:
– Onde estou eu?
e
– Como vim aqui parar?
Subitamente ficou nervoso, sentia o coração acelerado e na sua cabeça surgiram rapidamente vários pensamentos terríveis – será que estou com Alzheimer? – acelerou o passo em direcção a lado nenhum e reparou na súbita alteração da paisagem, sem perceber que o seu estado íntimo influenciava a realidade à sua volta deu conta que o céu ficou carregado de nuvens negras e o ambiente pesado, espantado viu-se num estreito caminho lamacento e o jardim encontrava-se agora completamente abandalhado cheio de ervas daninhas, árvores secas e lixo acumulado por todo o lado, a brisa tinha-se transformado num vento frio e incómodo quando um grito alucinante e desesperado ecoou bem perto de si.
Começou a correr como louco, não percebia o que se passava, uma nítida sensação de ser seguido de perto, mas não via ninguém, gargalhadas tenebrosas rodeavam-no e era ameaçado por vozes grotescas vindas de algures – CORRE... VÁ CORRE… NÃO IRÁS LONGE HAHAHAHAHAHAH.
Estava em pânico, não conseguia pensar e só lhe parecia estar a viver um filme de terror. Nisto um relâmpago caiu sobre uma árvore mesmo à sua frente e foi atingido pela onda de calor resultante da explosão eléctrica, foi projectado para trás indo cair desamparado de costas num charco lamacento, sentiu-se tonto e a desfalecer, mas antes de perder a consciência ainda ouviu uma voz firme a dizer – aplique-lhe o desfibrilhador novamente, vamos recuperá-lo.
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Na sala de urgências o ambiente é caótico mas organizado, a equipa médica luta contra o tempo na tentativa de reanimar um paciente que deu entrada em paragem cardiorespiratória, este último choque deu resultado, o batimento cardíaco tinha-se reiniciado, mas o paciente ainda inspirava muitos cuidados.
No meio da azáfama, Ana, uma das enfermeiras presentes na sala, olhou na direcção do frágil ser humano alvo de todos os cuidados e não evitou um pensamento perverso – este ainda voltou, só espero que não seja mais um idiota que venha dizer que viu a luz enquanto esteve clinicamente morto.
Começou a correr como louco, não percebia o que se passava, uma nítida sensação de ser seguido de perto, mas não via ninguém, gargalhadas tenebrosas rodeavam-no e era ameaçado por vozes grotescas vindas de algures – CORRE... VÁ CORRE… NÃO IRÁS LONGE HAHAHAHAHAHAH.
Estava em pânico, não conseguia pensar e só lhe parecia estar a viver um filme de terror. Nisto um relâmpago caiu sobre uma árvore mesmo à sua frente e foi atingido pela onda de calor resultante da explosão eléctrica, foi projectado para trás indo cair desamparado de costas num charco lamacento, sentiu-se tonto e a desfalecer, mas antes de perder a consciência ainda ouviu uma voz firme a dizer – aplique-lhe o desfibrilhador novamente, vamos recuperá-lo.
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Na sala de urgências o ambiente é caótico mas organizado, a equipa médica luta contra o tempo na tentativa de reanimar um paciente que deu entrada em paragem cardiorespiratória, este último choque deu resultado, o batimento cardíaco tinha-se reiniciado, mas o paciente ainda inspirava muitos cuidados.
No meio da azáfama, Ana, uma das enfermeiras presentes na sala, olhou na direcção do frágil ser humano alvo de todos os cuidados e não evitou um pensamento perverso – este ainda voltou, só espero que não seja mais um idiota que venha dizer que viu a luz enquanto esteve clinicamente morto.
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13.2.23
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