Tenho uma "stalker" de estimação

 

Imagem criada com o ChatGPT

Sim, infelizmente é mesmo verdade.

Na publicação cujo o título é 200! referi que iria existir uma explicação sobre o sucedido, cá vai:

Já há mais de um ano que vivo a desagradável situação de ter uma stalker de estimação e garanto-vos ser algo muito difícil de aturar, visto que ela faz uma marcação cerrada e a roçar o doentio!

Estamos a falar de uma pessoa que se faz ostensivamente presente, seja pessoalmente, na Internet, por mensagens, aparecendo como que por acaso em locais no dia e hora onde sabe ser da minha rotina passar ali obrigatoriamente, enfim, já estão a ver o filme não é?

Algum tempo depois do início destas investidas e ao aperceber-me do que estava a ocorrer, comecei por contar à minha mulher tudo o que se estava a passar e a partir desse momento fomos tentando gerir a coisa a meias.

Não vou aborrecer-vos com pormenores, mas tenho tudo guardado, tudo! 

As imensas mensagens que me enviou ao longo deste ano e meio (e garanto que não são poucas), os presentes e cartas de amor deixados no pára-brisas do meu carro, tudo isto são provas materiais do que tenho vivido, mas juntando a isto, claro, existem outras coisas que estão só na memória, como por exemplo quando me viu com a minha mulher e desatou a chorar, tendo depois ido dizer a terceiros que estava a sofrer de um desgosto de amor.

Abordar os meus pais (que nem a conhecem) com conversa fiada para tentar passar a imagem de uma moça fofinha e interessante (felizmente os meus pais tiraram-lhe imediatamente a radiografia, são o meu orgulho).

E mais recentemente, ter chegado ao ponto de abordar a minha própria mulher na Internet.

É grave.

É ridículo.

É muito desagradável andar sempre a olhar por cima do ombro, não só para mim, mas também para a minha mulher.

Mas a pessoa aparentemente não tem consciência, não tem limites, não ouviu os imensos pedidos que lhe fiz para parar, ao mesmo tempo que faz umas interpretações altamente enviesadas e completamente disparatadas (por exemplo: julgar que é impossível eu não gostar dela)! 

A juntar a isto, perante um "A", percebe um "B"... perante um facto "C", acredita piamente que o que está a acontecer é "D"... e eu passei de uma postura de pena e até permissividade (lá está, por pena e talvez por ser parvo), para uma postura de não a suportar.

Redes sociais não tenho, em tudo o resto está bloqueada já faz imenso tempo (email e app de mensagens), mas aqui o Cliques & Letras continua a ser visitado pela excelentíssima senhora e embora os comentários dela estejam bloqueados não sendo publicados, é incomodativo continuar a ser brindado com essas pérolas.

À margem disto, ao planear uma viagem que irá decorrer em breve, decidi criar um concurso fajuto com o objectivo de fazer uma brincadeira e depois publicar uma fotografia da viagem como sendo uma celebração da publicação 200.

Ledo engano, saiu-me o tiro pela culatra, pois das centenas de pessoas que por aqui vão passando (já são 53 mil visitantes, o que para um blog pequeno como este, é obra!), todos perceberam que era uma brincadeira, até porque a publicação do concurso está marcado com a categoria "Disparates", todos perceberam excepto a stalker, que concorreu mais do que uma vez.

A minha mulher ao ver que ela concorreu, decidiu concorrer também com um poema propositadamente tolo e onde chamou a stalker de lerda.

Pois é meus amigos, surpresa das surpresas, agora tenho uma stalker ofendida porque a minha mulher a chamou de lerda!

Talvez eu devesse contactar a provedoria das stalkers para lhe resolver a situação, mas sem ser isso, não sei o que fazer mais, excepto expor aqui o ridículo dessa pessoa e de toda esta situação, na esperança que ela bata de frente e com força com a realidade e acorde para a vida.

É que alguns seres humanos, quando gostam muito de alguém, desatam a alimentar um sentimento de posse desmesurado!

Como gostam acham-se no direito doentio de ter, de estar presente, ou de viver o que idealizaram na sua cabeça, pouco lhes importando o que o outro quer ou deseja para a sua vida.

São um tipo diferente de violadores, não abusam sexualmente, mas abusam de outras formas, acham-se no direito de impor a sua vontade, as suas mensagens, a sua presença, a sua realidade... talvez por serem carentes, ou psiquicamente instáveis (não sei) e nestes casos a linha que divide a sanidade da insanidade mental passa a ser muito ténue.

Esta mulher tenta estar permanentemente mascarada de fofinha muito preocupada com o bem e a ajuda ao próximo, quando na realidade as atitudes não batem com a imagem que tenta passar e transforma a vida de alguns num autêntico inferno, sem dó nem piedade.

Bem sei que estão aqui algumas palavras duras e que a pessoa referida nestas linhas vai ler isto pois é visita regular deste tasco, mas o objectivo foi mesmo esse, colocar aqui um espelho em forma de texto, com a secreta esperança de que funcione como um abre olhos e eu passe a viver novamente em paz.

Claro que se isto não funcionar, potencialmente estarei perante um problema maior.

O que sugerem que faça? Quais os próximos passos? Por favor comentem aqui no texto (mais abaixo onde diz "enviar um comentário").

Beijinho bom 😚