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Não acontecer nada é um acontecimento!
Inúmeras vezes, a ausência é uma presença expressiva, carregada de significado. Nada, vazio e silêncio ocorrem com a mesma frequência na solidão absoluta, no epicentro de uma hora de ponta, ou nos inúmeros estados entre esses extremos. Mas talvez a ausência mais difícil seja a que acontece na presença física do ausente. O morto já foi — é duro, mas é a lei da vida. O ausente distante é quase como morto, não fosse a possibilidade contemporânea da comunicação fácil. Mas o ausente presente é das ausências mais penosas. Porquê estar presente sem estar? Essa é uma questão que atormenta e facilmente se observa com pesar em demasiados casais, nas equipas de trabalho, nos grupos de voluntariado ou famílias. É necessário falar, não deixar nada no limbo, é estar de peito aberto com confiança, é dar-se por inteiro, sem reservas, sem medos. Não acontecer nada tanto pode ser uma escolha covarde, uma fuga ou um bloqueio de quem não sabe fazer melhor, mas o resultado será sempre o vazio, até que a vida ensine que para ter tudo é preciso dar tudo. A vida é feita de emoções e de saber lidar com elas, ou é dominada pelo nada, insosso e sem sabor. A vida é o que acontece fora dos ecrãs, das indefinições, ou da unilateralidade das escolhas. Em suma, é investir nas emoções saudáveis, ou morrer enquanto se continua fisicamente vivo. O salto aparenta ser assustador, no entanto a coragem de agir recompensa sempre os audazes. Depois de tentar tudo, se nada acontece está na hora de procurar a felicidade noutro sítio, noutro emprego, noutro amor, noutra realidade. Manter o não aconteceu nada não ajuda. Não é a solução. O momento para esse salto de fé pode variar de acordo com a realidade de cada um, mas vai ocorrer. Ganhe forças, salte e deixe a felicidade entrar, esse tem de ser o evento obrigatório na sua vida Escolha ser feliz. |
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