Imagem criada com Leonardo.AI |
Sentado sossegado a ouvir o eco do silêncio, percebeu que os bens materiais não preenchem os buracos da sua existência, e a companhia que não acompanha é só ilusão.
O peso do silêncio sente-se sobretudo nesse eco ensurdecedor presente na solidão acompanhada, pois esse vazio quando se multiplica ganha toda uma dimensão que esmaga, embora invisível.
A depressão tinha-o abraçado gentilmente ao longo do tempo e acabou por segredar: "não prestas para nada", no entanto a lágrima sorriu ao percorrer a maçã do rosto, pois a semente do futuro já germinava no seu íntimo e a saudade do que estava por vir era a âncora fortemente fundeada nas profundezas daquele deserto condenado a florir.
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28.12.24
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